quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Bryan Adams - 11 (2008)



NOTA:5/10


É indiscutível que ao se falar de Bryan Adams, o mesmo sempre seja associado como uma das vozes mais marcantes dos anos 80 e até mesmo começo dos 90, porem, exceto pelos fãs mais fiéis do cantor, suas obras seguintes às épocas supracitadas, não costumam despertar muito interesse nos seus demais admiradores, sendo um pouco mais desconhecida e deixada de lado, Adams sempre seguiu com a sua carreira de forma bastante coesa, nunca perdendo nenhuma de suas características de músicas simples que passeiam por pelo pop rock sereno e por vezes mais enérgico, além baladas românticas. Em 11, que teve esse nome por marcar o seu 11º álbum de estúdio, Bryan Adams segue o barco da mesma forma que vinha tocando anteriormente, onde não é um trabalho a angariar novos fãs, muito menos decepcionar as pessoas que já são familiarizadas com as suas propostas musicais.


O álbum tem início com "Tonight We Have the Stars", conta com uma atmosfera simples bem ao estilo Bryan Adams, cadenciada por uma batida tranqüila de guitarra e por algumas frases de órgão a cada frase cantada antes que o refrão entre em cena e deixe a música mais empolgante, é uma faixa bastante cativante que nos faz pensar em um estádio inteiro cantando o seu coro. A segunda faixa é "I Thought I'd Seen Everything”, na época foi a primeira música divulgada do álbum, com seu estilo emotivo, Adams aqui segue de forma estóica e ao pé da letra a sua formula que deu certo ao longo dos anos, um pop rock reto tocado de maneira simples a apenas completar a marcha vocal de Adams em frases ditas com bastante sentimentalismo.


Chegada a hora de "I Ain't Losin' the Fight", novamente uma sonoridade de simplicidade e alto astral está presente, também inclui um refrão que pode grudar facilmente na cabeça de quem a escuta. Com a inclusão de uma gaita a colocar um ar brando na canção, o resultado final é um mix entre musicalidade de batida alegre sob um vocal executado com o sentimentalismo rotineiro de Adams. A quarta faixa, “Oxygen”, é a mais “Rock ‘n’ Roll” do álbum, com uma batida de violão no início, logo a musica ganha seu corpo completo com a entrada dos outros instrumentos, novamente uma instrumental bastante reta, sem nenhuma invenção, um refrão com vocal gritado sobre uma sonoridade pulsante completa o conjunto do que a faixa é feita.


"We Found What We Were Looking For", com um início de levada no baixo que me fez lembrar nem que seja por dois ou de três segundos da clássica música do U2, “"With or Without You”, a música é uma balada cantada em tom apaixonado por Adams sobre uma cama instrumental melancólica. O álbum segue com mais uma balada, “Broken Wings” é muito bem executada tanto na parte vocal quanto instrumental com destaque a partir do segundo refrão quando os backing vocals se juntam a música fortalecendo suas lamechas, um som bem característico dele.


A 7ª faixa do álbum é "Somethin' to Believe In", tem início em uma levada no violão com algumas orquestrações de fundo até chegar a parte do refrão, onde ao contrário da faixa anterior, os backing vocals não encaixaram bem, houve um excesso de pompa na sua execução, deixando a parte emotivamente forçada. Seguindo viagem e agora parando em "Mysterious Ways", Adams aqui se mostra um tanto introspectivo refletindo sobre os mistérios existentes na vida, uma faixa de cansativa e arrastada melodia, junto com a anterior é a que menos acho interessante no álbum.


A faixa de numero nove é "She's Got a Way", uma excelente música, provavelmente a que mais soa de forma clássica no álbum, podendo ser, e exageros a parte, uma faixa de destaque em qualquer um dos álbuns anteriores do cantor, bastante sólida, com uma guitarra bela e melódica e um refrão a soa de forma crescente, tudo encaixa perfeitamente bem na música. “"Flower Grown Wild" é a penúltima música, provavelmente a faixa mais morna do álbum. Isso é ruim ? não, mas serve apenas pra ilustrar que se trata de uma música que não se pode esperar mais do que a normalidade, uma batida que soa familiar por conta da sua característica simples, um refrão a cantar com a multidão e agitar as pessoas no show, mas musicalmente, nada demais. O álbum fecha com a bela "Walk On By", canção curta executada com bastante simplicidade apenas por violão e uso de cordas de pano de fundo que criam um clima sombrio e ligeiramente triste.


Em 11, como dito anteriormente, Bryan Adams não vai despertar o interesse em ninguém mais do que naqueles que sempre gostaram de sua obra, com todas as suas características presente em muitos momentos, o que pode fazer com que o álbum soa desinteressante é o fato de soar de certa forma, “mais do mesmo”, não apresentando absolutamente nada de novo e deixando algum ouvinte mais exigente com um ar de “já ouvi isso antes”.


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